ONDE NASCE A POESIA

Enchi a mala de versos e ganhei a estrada
Parti em busca do sonho de todo o poeta:
"Encontrar o lugar onde nasceu a poesia".

Cruzei sangas, me fiz rio, ganhei o mar,

Naveguei oceanos em barcos de papel
Venci as cachoeiras das tintas dos tinteiros
Penerei, por farra, toda a areia dos desertos,
Fui madeireiro e, de machado em punho,
Abri clareiras nas florestas mais cerradas
Ganhei o nada na intenção de ter o tudo;

Voei, tão alto, bem mais alto que podia
Por entre as nuvens, vi o sol brilhar de cima,
Pintei de rimas cada estrela que caía,
Por ironia, em preto e branco o meu retrato;

Busquei o fato onde haviam só rumores
Morri de amores pra renascer em poesia...
Troquei o dia pelas noites mal dormidas
Fui despedidas contra o brilho das chegadas...

Domei os ventos na intenção dos temporais
Tornei possível os impossíveis reencontros
Plantei ocasos nas auroras matutinas...
Fiz vespertinas minhas dores derradeiras;

Sou a fronteira entre o certo e o errado
Fui consagrado o corpo santo da paixão
Sou a razão na plenitude do descaso
Sou eu o vaso de onde jorra a ilusão;

Voltei tão triste que chorei de alegria
Pois a poesia não tem casa nem lugar
Ela habita o inconsciente dos poetas
Tem hora certa pra enfim se derramar...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

LAGOA E MAR - 23ª MOENDA




Dudu di Deus - Paulinho Goulart - Pirisca Grecco - Piero Ereno - Diogo Matos e na cosinha o Rafa Bisogno.


Miro na paisagem onde o céu
Encontra a terra, o sol e o mar...
Busco entre as brumas desse véu
Raios de paz pra luz do meu sonhar.

Vai meu barco a vela...
Traz a calmaria de um olhar;
Navega em paz,
Num sonho a mais...
O amor além do mar!

VAI NO SAL DO MAR,
DOCE DE SE DAR;
NA BOCA - O SOL,
BEIJO DE SALGAR;
LAGOA SEM FIM,
NAU A VELEJAR.

EU E ELA,
A LAGOA E O MAR...

Sigo a miragem rumo ao sul
Um céu de cores e corais...
Busco nos matizes desse azul
O amor que espera a volta lá no cais.

Feito eu e ela...
A lagoa sempre encontra o mar
E é sempre assim
Um beijo e fim!
O nosso mundo - a paz!




terça-feira, 17 de novembro de 2009

Niver do Piero - No solar dos Kirchoffs

A vida é feita de pequenos momentos de grande felicidade - esse foi um - aniversário do Piero -= casa do Jean - cerveja gelada, carne mal assada - tudo perfeito - qundo eu morrer (q eu duvido) digam - ele foi feliz - tinha grandes amigos.





Jean, Gastaldo, Paulinho, Piero (milagre ta bem humorado), Maradona, no fundo o cunhado do Piero (gente boa) e o Carlos (cabeça branca - responsável pela carne mal assada) baita festa, baita parceria - baita fogo (normau)



sábado, 14 de novembro de 2009

OUTRO CAPITULO DA NOVELA MEXICANA DOP SBT - QUE QUASE NINGUÉM VÊ - VAI SABÊ.

Ta bem, eu sei,
Tu me odiar ou não,
Não vai fazer diferença,
Pois sempre te amei
e continuarei assim
nessa dura batalha
de saber que pra ti, eu sou nada
e que tu – é tudo pra mim!
Tá, tudo bem, esquece
Não vou te amar mais.
Até porque não tem como
Eu ja te amo demais!!!
Ou não? Vai saber…
Nunca se ama tudo
E, amar, não tem limite
O tudo é muito pouco
E te amar nunca é demais…
Tá, vamos ao que interessa
Calma, sem muita pressa…
Presta bem atenção
To escrevendo isso
Pra dizer que aquilo
É bem maior do que nós…
Não entendeu?
Ta bem, vou tentar explicar,
Explicar o que?
Amor não se explica
Eu só te amo e ponto,
Ou pronto?
Pronto não tá…
Estamos na execução,
Ou na confecção?
Bah! Axo q to ficando louco…
Louco?
É pouco pra tudo que sinto…

terça-feira, 10 de novembro de 2009

DE COPO EM COPO - em homeagem a ocasião


Há os que ouvem
Sábias palavras da boca da noite
E louca, a boca do estômago
Ronca, mas não dorme
E conforme
A vida escorre lá fora,
A vidraça chora aquela ausência!
Perco a paciência
Pois não enxergo as botas
Nos pés da mesa, que tesa espera a bóia
Mas não come e a sombra some
Quando o sol se põe à pino
E eu imprimo os versos soltos
Na velha Cânon enquanto Lenon
Decreta ao mundo a paz dos homens...
Que se consomem na guerra santa
Pelo petróleo.
Então eu olho
Bem mais além do horizonte
E vejo o ontem
Que se esvai mostrando o hoje.
Leio Neruda,
Que se desnuda
Em seus poemas
E outra morena
Nos mesmos braços
Chora de amor.
E aquela dor
Que ainda persiste
Enche outro copo
E eu borracho
Busco no escracho
Me consolar.

AINDA NÍVER DO DIOGO

Papo cabeça - Eu e o Jean debatendo sobre a crise mundial - chegamos a conclusão que: SÓ BEBENDO PRA ESQUECER


Momento ternura -

ANIVERSÁRIO DO DIOGO - BAITA PARCERIA


Antes - da bebida







Eu e as feia - Ju Spanevello & Analise Severo Kirchoff (mal de canárias no evento)




EU, A LOIRA E O ANIVERSARIANTE (notaram que ela tava mofada)


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

NUM POEMA TRISTE

Antevi nos sonhos esse nosso amor
Rabisquei em versos um viver a dois
Construi castelos para estar contigo
Mas fiquei perdido e cheguei depois.

Fui me acostumando, no passar do tempo,
A viver num mundo que criei pra nós;
Que já não me assusta escutar o vento
Entoar cantigas te plagiando a voz.

Moça bonita do olhar sereno
Quisera ser a tua primavera
Banhar de luzes teu corpo moreno
E apagar as sombras das minhas taperas
.

Os meus pobres dias parecem não ter fim
Pois as horas teimam em não querer passar
Mas ao final da tarde corro para mim,
Quero estar comigo para te encontrar.

A vida, amanhã, não terá mais sentido
A razão vai chegar pra dizer que partiste,
E ...quem sabe um dia, num livro perdido,
A gente se encontre num poema triste.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

QUESTIONAMENTO






Escrevi um versinho pra minha cria primeira - Rainha da minha tribo - as outras vão ficar meio assim e tals - hehehe - ou não - vai saber.




Ta bem, eu admito,
Te amo e daí?
Que queres que eu faça?
Que eu minta?
Que diga que não te amo?
Que tudo foi um erro?
Que aquela ação foi impensada?
Que tudo foi apenas coincidência?
Tche, eu te amo
Mesmo que estejas com outro
Mesmo que não penses em mim
Mesmo que sigas tua vida...
Eu te digo e repito
Posso até nem ter pensado
Ou não ser o planejado...
Mas tu veio...
Chegou feia e desdentada
Chorava por quase nada.
Tinha que dar voltas na quadra
No meu fusca meia oito
Pra fazer tu dormir...
É, não vou mentir,
Eu te amo, e daí?
Queres que mude meu jeito?
Que te exija mais respeito?
Vais me chamar de senhor?
Não queres que eu sinta ciúmes?
Que não saiba com quem andas?
Ou de certo pra onde vais?
Tche, esquece, eu sou teu pai...
Aprendi isso contigo,
Afinal, eu tinha o meu
E achava um castigo
Ter um pai a me vigiar.
Eu sou aquele pai diferente
Meio assim inconseqüente,
Que bebe cerveja contigo
Que te trata como amigo
E te chama pra dançar...
Tche, esquece – a culpa é tua
De eu andar trocando fralda
De andar a meia espalda
Com uma cria na cintura...
Ta bem – isso é bom, eu sei
Só que eu nunca pensei
Que tu fosses crescer
E de mim se distanciar
Que merda ter que aturar
Tu tão longe de mim...
Quem vai vir me confortar?
Quem vai ter que me aturar?
Quem?
Me responde?
Deixa assim, não precisa!
Eu encontro essa resposta
Quando eu sei o que tu gosta
Quando eu sei o que precisas
Quando eu vejo o que tu quer
Eu sei que és a minha menina
E tu me mente que és mulher,
Eu sei que ao leres isso irás chorar
Mas – me perdoa ta?
É meu jeito de dizer:
Juliane
Tu me ensinou o que é amar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

FEIRA DO LIVRO EM SANTA MARIA

Na foto, daqui pra lá: IVO BAIRROS DE BRUM, GUJO TEIXEIRA, EU, RODRIGO BAUER e TUKANO NETO -

MÃO LIGEIRA - Tulio Urach/Eu/Miguel Azambuja/Pirisca





Pra me exibir um pouco, matar a saudade, dividir com os amigos, até pq naqueles idos de antigamente não tinha os blóguis.



Na foto daqui pra lá: Não sei quem, Angelo Franco, Pirisca, Chinico, Negão (representante oficial do Túlio no evento) Rica Freire (o velhinho), Miguel Azambuja e o Bunitão (nem tava branca a barba ainda)





Num bolicho, costeando a estrada,
A palidez de um candieiro
De trás do balcão, por trás do bigode
O sono do bolicheiro.
Na prateleira, garrafas perdidas
Entre teia de aranha e poeira
- “Acorda parceiro – me serve uma canha
Me comoveu teu capricho
Mas dispenso a teia de aranha
Não me agrada o instinto do bicho.

Aliviei a canseira
Naquele gole de pura
E vi uma estranha figura
No meio da fumaceira.

Virado em “zóio” e caveira
A tosse curtida e a tremedeira
O baralho e a manha de quem tenteia
Como a tecer sua teia.
Um desafio e nós já se atracamo
Num truco cego de mano.
Nunca vi mão mais ligeira
Que a mão do tal calaveira
No meio da fumaceira
Virado em “zóio” e caveira...

Era um mistério
A maleza que eu tava
Nem vinte pra envido ligava
Quem perde um vintém – perde tudo o que tem
Não sei disparar de ninguém
Mas me parei desconfiado
Da sorte pender só pra um lado.

As perdas passando da conta
Marquei o espadão numa ponta
Pra ver se pegava de jeito
As manhas do tal sujeito
Virado em “zóio” e caveira
E a mão, por demais de ligeira
No meio da fumaceira
A tosse curtida – a tremedeira.

Justo na vaza mais feia
Que o “Ás” marcado na “oreia”
Ficou no baralho “me olhando”
Eu tinha o “Bastião” – fui “tentiando”
Botei “Vale-quatro” – ele não correu,
Joguei o “Bastião”...Ele matou?!!!
Outro “Às”...Fedeu!!!
Chamei o porco no aço
Decepei-lhe o braço
E ele saiu feito “lôco”
Gritando, agarrado no “toco”...
No meio da fumaceira,
Num bolicho, costeando a estrada,
Ficaram dois ases de espada
E a mão ligeira do calaveira.