ONDE NASCE A POESIA

Enchi a mala de versos e ganhei a estrada
Parti em busca do sonho de todo o poeta:
"Encontrar o lugar onde nasceu a poesia".

Cruzei sangas, me fiz rio, ganhei o mar,

Naveguei oceanos em barcos de papel
Venci as cachoeiras das tintas dos tinteiros
Penerei, por farra, toda a areia dos desertos,
Fui madeireiro e, de machado em punho,
Abri clareiras nas florestas mais cerradas
Ganhei o nada na intenção de ter o tudo;

Voei, tão alto, bem mais alto que podia
Por entre as nuvens, vi o sol brilhar de cima,
Pintei de rimas cada estrela que caía,
Por ironia, em preto e branco o meu retrato;

Busquei o fato onde haviam só rumores
Morri de amores pra renascer em poesia...
Troquei o dia pelas noites mal dormidas
Fui despedidas contra o brilho das chegadas...

Domei os ventos na intenção dos temporais
Tornei possível os impossíveis reencontros
Plantei ocasos nas auroras matutinas...
Fiz vespertinas minhas dores derradeiras;

Sou a fronteira entre o certo e o errado
Fui consagrado o corpo santo da paixão
Sou a razão na plenitude do descaso
Sou eu o vaso de onde jorra a ilusão;

Voltei tão triste que chorei de alegria
Pois a poesia não tem casa nem lugar
Ela habita o inconsciente dos poetas
Tem hora certa pra enfim se derramar...

terça-feira, 30 de março de 2010

MARAVILHOSO

Até na zero hora e nem foi na página policial - até poderia


Clica aí que eu não sei postar o vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=EgBpo_7nDxs


Faltara na foto o Omar - que tava combatendo em outra frente e o Édison, que deve ter ido pedir cigarro pra alguém



É nós


Não sei nem como começar a falar sobre o CANTO MISSIONEIRO, foi simplesmente fantástico - to nessa lida desde o tempo em que se atava cachorro com arame farpado - e nunca passei por um momento de emoção tão grande e gratificante - quando comecei a escrever DOIS MISSIONEIROS - chegou num momento das idéias que eu vi que o troço tava ficando além da minha capacidade intelectual e também de conhecimento da história (por sinal mui linda) das Missões e, principalmente dos seus ícones - mostrei o que eu havia escrito pro Omar e ele ainda tentou argumentar que éramos pra usar mais nomes - porque essa história fora feita com vários nomes que não poderíamos esquecer o Noel Guarani, o Jayme Caetano Brau, o padre, o Cacique, enfim, teríamos que fazer um livro - eu respondi a ele da seguinte maneira: Che, vamos falar apenas de DOIS MISSIONEIROS e ponto - foi nesse exato instante que me surgiu o nome da obra - inicialmente APENAS DOIS MISSIONEIROS. Feito a cabeça do Omar - o que ja é um parto - partimos pra conclusão da Letra. Terminamos a dita cuja e fiquei encarregado de entregar a um parceiro pra colocar melodia. Bueno, o Nilton Ferreira se identificou com a obra e se botou a fazer os plim plim plim, e ficou ajeitada - inicialmente a idéia de interpretação era do Nilton com o Jorge Freitas - bueno - mandemu a obra pro 2º Canto Missioneiro e não passou - não vou esconder aos amigos - fiquei frustrado e me perguntando se a gente tinha feito bobagem - é dificil descrever um tema dessa natureza, que não seja taxado de momentista e circunstancial - apelação - e outros tantos adjetivos pejorativos que nem vale citar - e não era essa a idéia - pois a coisa era totalmente séria e responsável. Bueno, guardamos a obra por 12 meses e mandemu de novo - semu insistente - e não é que passou? Mas devido a problema de agenda tanto do Jorge, quanto do Nilton - saímos a cata de um canário - che, e não é que o Nilton nesse momento estava gravando um CD juntamente com o Walther Morais e o índio se prontificou a cantar - ta loco - juro, a nossa pretensão não era tanta - che, um terceirinho, mais popular - era isso. os cara começaram a cantar e povo levantou na segunda estrofe - se caguemu - eu tremia feito vara verde - o Walther tremia, o Édison, me disse depois da apresentação, que teve que se controlar pra não errar tudo - devido a emoção. Bueno, tava lindo - Aí fiz um troço que quase nunca faço - fui tomar cerveja - bei - tomei - ta louco - mas tomei mesmo - bastante - um lote, um fogo véio brasino - ah! Ainda não ta bem curado - chega - GANHEMU - Gracias Carlos Omar Villela Gomes (se não bota o nome inteiro desse cara ele enloca) Nilton Ferreira, Walther Morais (meu sobrinho neto), Édison Macuglia (me fumou umas tres carteira de cigarro - ta louco), Régis Reis, Zulmar Benites (ultrapassamos a cota de afro descendentes prevista em lei) e o grande Luiz Cardoso -deu banho de humildade e dedicação à obra, obrigado a todos os meus amigos que honestamente vieram nos abraçar - baita troço - e principalmente, o brigado POVO DE SANTO ANGELO - A MISSIONERADA SE LAVOU. É isso - eu acho...

Nenhum comentário:

Postar um comentário