Eu nasci e verdeamarelei
Minha boca desdentada
Chorou na primeira porrada
Por brasileiro que sei,
Não nasci pra ser doutor
Por isso não nego a cor
Da pátria que me pariu.
Vermelha é a raiva que sinto
Quando me dizem que minto
Que tenho medo do escuro
Eu quero ver um futuro
Repleto de tanta cor
Um arco-iris de amor
E a branca paz da palavra...
Eu simbolizo a essência
Daqueles que não têm nada
Sou branco, preto e cafuso
Os tons me deixam confuso
Só não engano ou iludo
Porque no fundo me sei
Um pouco dono de tudo.
Trago pulsando nas veias
Os tambores africanos;
E os candombes castelhanos
Vão cadenciando meus passos
Sou feito de couro e aço
Da santa terra, vinguei -
Eu nasci, verdeamarelei
E o Sul me leva nos braços!
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
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