SANGUE
O sangue é seiva que me singra em cevaduras!
Águas de mate, tardes mornas pro descanso...
É corredeira de saudade e águas puras
que, às vezes, brinca sobre a paz de algum remanso!
O sangue é sanga sinuosa que me ajuda
a decifrar muito de mim sem me falar...
Filete d’água que, por vezes, se transmuda
e vai, salgado, me fugindo pelo olhar!
O sangue é lava que me leva e que me ateia
vulcões antigos que carrego adormecidos!
O sangue é lava que me escorre pelas veias
varrendo toda a lividez dos meus sentidos!
É procedência a continuar nos descendentes,
eterna fonte a transcender vida e razão...
Um rio oculto que se espalha em afluentes
e então renasce pra pulsar no coração!
O sangue é um velho maragato que atropela
desde as batalhas ancestrais que ainda trago!
Lenço encarnado de avoengas aquarelas
da formação existencial de nosso pago!
Juca Moraes e Rodrigo Bauer
sábado, 17 de outubro de 2009
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